PADRE MANUEL ANTÓNIO PIMENTEL (1939-2004)
Nascido
na freguesia das Furnas, em 1939, Manuel António Pimentel descobriu a sua
vocação desde muito cedo, tendo frequentado o Seminário de Angra a partir dos
onze anos de idade.
Depois
da sua ordenação, a 3 de Junho de 1962, foi para Roma onde estudou Direito
Canónico e Teologia Moral, tendo acompanhado de perto a realização do Concílio
Ecuménico, Vaticano II entre 1962 e 1965.
Regressa
depois à ilha Terceira para ser professor do Seminário Maior de Angra durante
dois anos.
Passado
esse tempo, assume o lugar de Diretor Espiritual no então Seminário de Ponta Delgada
durante três anos, regressando de novo ao Seminário Maior de Angra do Heroísmo
como professor, até 1975.
1975
marca uma viragem na vida deste sacerdote. Na sequência da revolução de Abril e
por iniciativa de alguns lavradores terceirenses, o Pde. Manuel António é
expulso da ilha, juntamente com outros três colegas, por ser um sacerdote ativo
da Associação dos Padres do Prado, cujos objetivos visavam a inserção dos
padres e a evangelização no meio operário. A conselho do então bispo dos
Açores, D. Aurélio Granada Escudeiro, viaja até França, onde frequenta o Curso
de Formação dos Padres do Prado.
Durante
esse período da sua vida, o episcopado português encarrega-o, juntamente com
outros sacerdotes, de trabalhar junto dos emigrantes.
Nos
anos oitenta, é designado assistente para o diálogo no Movimento dos Trabalhadores
Cristãos, do qual é membro, desenvolvendo o seu trabalho durante seis anos em
Bruxelas, sede deste movimento.
Volta
a Portugal, para a diocese de Setúbal e é pároco, entre outras comunidades, no
Barreiro.
Em
2000 e por iniciativa do atual Bispo dos Açores, D. António de Sousa Braga, é
convidado a regressar à sua terra natal, onde começa por ser Vigário Episcopal para
a Formação e, por último, fica encarregue pela coordenação do Tribunal
Eclesiástico na delegação de Ponta Delgada.
Vítima
de uma doença incurável, o Pde. Manuel António Pimentel encarou o desfecho da
sua vida de forma serena, num sentido cristão de quem considera ter valido a pena
viver.
Durante
os últimos dez meses da sua vida, escreve um testamento espiritual, em jeito de
ação de graças, onde se pode ler: “começo por manifestar a minha profunda
gratidão e o meu elevado espanto pelo dom da vida”.
O
texto, que deixa escrito para os vindouros acaba, “pedindo perdão a todos
quantos ofendi, confiante no perdão do Senhor, nas suas mãos entrego toda a
minha vida em Ação de Graças e pelo anúncio do Reino de Deus no Mundo”.
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