ESTES VENTOS NÃO TRAZEM CANÇÕES SEMEADAS / APÓS 18 ANOS, CABIDO TOMADA DE POSSE.
Realiza-se
no próximo dia 11 de Fevereiro a cerimónia de tomada de posse do ofício dos
novos cónegos Capitulares do Cabido da Sé de Angra, numa cerimónia que se
realiza na Catedral às 18h00 e será presidida pelo Bispo de Angra.
Segundo
o sítio Igreja-Açores: A escolha dos nomes e o processo de consulta ficou
reservado exclusivamente ao Bispo de Angra que, em 18 anos de episcopado, não
nomeou qualquer cónego. A demora, porém, parece que se justificou. Com efeito,
foram nomeados, nada mais, nada menos, do que 23, todos de uma vez. Uma decisão
digna de registo.
Há
muito que me perguntava o que era feito do Cabido da Sé, pois existia apenas um
cónego capitular Cónego Gregório
Rocha. Todos os restantes encontram-se na situação de Jubilados.
Apesar do Cabido existir na Diocese desde a sua fundação,
há anos que, pura e simplesmente, não
existia. Eis senão quando, num rebate de zelo pastoral
surgiu o Decreto Episcopal, assinado no dia 16 de Outubro, dia do aniversário
da Dedicação da Igreja Catedral. Nele, alterava-se o
Estatuto do Cabido da Sé Catedral, criando a possibilidade dos novos cónegos,
capitulares e honoríficos. Os 12 capitulares têm de residir na Terceira, os 12
cónegos honorários fora da ilha Terceira.
O
novo estatuto é justificado com a necessidade de o
adaptar às circunstâncias actuais,
atribuindo-lhes as funções litúrgicas
e demais competências previstas no direito canónico.
Convém
perguntar: será que são as circunstâncias actuais que justificaram uma tal alteração?
Penso que seria pedagógico apontar algumas das principais alterações
verificadas no tecido sócio religioso a justificar o Decreto. Ou será que
existiram outras razões à mistura, não religiosamente correctas? A justificação
da alteração não é convincente.
Oxalá
esta tomada de posse do ofício venha a resultar em pleno.
Preocupa-me
a falta de transparência
de algumas tomadas de decisão da Diocese e fico triste porque Estes ventos não
trazem canções semeadas
Água
Retorta, Novembro de 2014 (1.ª redacção
Água
Retorta, 2 de Fevereiro de 2015 (2.ª redacção)
Pe.
Octávio de Medeiros
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