FRANCISCO PEDE ALEGRIA E OBEDIÊNCIA AOS RELIGIOSOS DA IGREJA CATÓLICA
Papa
alerta para consagração «light» que descura património de cada instituto
O
Papa disse hoje no Vaticano que os membros das instituições de vida consagrada
na Igreja Católica têm de se distinguir pela obediência e a alegria, rejeitando
uma vivência da fé “light”.
“Que
estejamos livres de viver a nossa consagração de maneira ‘light’ (sic) e
desencarnada, como se fosse uma gnose, que reduziria a vida religiosa a uma
caricatura, na qual se faz um seguimento sem renúncia, uma oração sem encontro,
uma vida fraterna sem comunhão, uma obediência sem confiança, uma caridade sem
transcendência”, referiu, durante a homilia da Missa a que presidiu na Basílica
de São Pedro, por ocasião do Dia da Vida Consagrada.
Francisco
desafiou cada consagrado seguir o “caminho da obediência” de Jesus e a viver na
alegria.
“Sim,
a alegria do religioso é consequência do caminho de abaixamento com Jesus”,
assinalou.
Para
um religioso, acrescentou o Papa, “avançar é ser mais pequeno, no serviço”.
A
Missa teve a participação de centenas de membros de institutos de vida
consagrada masculinos e femininos, institutos seculares e sociedades de vida
apostólica, para além de responsáveis dos organismos do Vaticano para este
setor.
Francisco
recordou que os fundadores das ordens e congregações apresentavam uma “regra”,
a partir do Evangelho.
“O
Espírito Santo, na sua criatividade infinita, exprime-o em várias regras de
vida consagrada, mas todas nascem do seguimento de Cristo”, explicou.
O
Papa apresentou uma reflexão sobre a sabedoria, que mais do que algo
“abstrato”, é fruto de “um longo caminho na via da obediência” à lei de Deus.
“Às
vezes, Deus pode dar o dom da sabedoria a um jovem, basta que esteja disponível
a percorrer o caminho da obediência e da docilidade ao Espírito”, sustentou.
Essa
atitude, precisou, não é “teórica”, mas exige “docilidade e obediência” ao fundador,
a uma regra concreta, a um superior, à Igreja.
“A
revigoração e a renovação da vida consagrada acontecem através de um grande
amor à regra e também através da capacidade de contemplar e escutar os idosos
da congregação”, observou o Papa.
A
celebração começou com a bênção das velas, uma tradição anual desta Missa de 2
de fevereiro, festa litúrgica da apresentação de Jesus no Templo, 40 dias
depois do Natal.
CR
/Ecclesia
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