CELEBRAÇÃO DO CRISMA NA PARÓQUIA DE FURNAS
No
passado dia 14 de junho, domingo, realizou-se a celebração do Crisma na
Paróquia de Furnas, Igreja de Nossa Senhora da Alegria.
Foi
um momento vivido em festa em comunhão com Deus Pai, foram 37 os jovens furnenses
a receber e a assumir os seus compromissos baptismais.
Durante
a sua preparação foram orientados pelas catequistas Elsa Mourato e Glória
Furtado
A
festa da Profissão de Fé merece bastante interesse tanto por parte dos pais
como por parte das crianças como ainda por parte dos responsáveis da Igreja.
Esta
foi uma festa que deixou raízes nas tradições religiosas. Celebrada com outro
nome há muitos anos – Comunhão Solene –
não perdeu ainda a actualidade.
A
razão deste interesse e popularidade pode ser vista de perspectivas diferentes
que não se opõem mas se completam.
Ela
é sobretudo a celebração do final da infância. Os catequizandos crescem, deixam
de ser crianças, chegam a uma etapa importante da sua vida que precisa de ser
celebrada.
Por
outro lado é um reconhecimento público da comunidade de que a criança recebeu
educação. É, de certa maneira, um reconhecimento do que os pais fizeram pelos
filhos.
Os
pais experimentam nesta festa uma homenagem à sua paternidade responsável. Não
podemos ignorar nem subestimar este significado antropológico profundamente
ligado ao religioso: o crescimento e a educação que esta festa da vida celebra
são simultaneamente humanos e cristãos.
Para
os pré-adolescentes é também uma festa profundamente humana e cristã. Atingem
um grau no seu crescimento humano e cristão. São reconhecidos publicamente. São
centro das atenções. Por outro lado é-Ihes reconhecida uma certa maturidade
cristã.
Vão
assumir, por decisão pessoal, a escolha que os pais fizeram por eles no
Baptismo. Têm voz activa na Igreja.
Para
muitos, se bem preparados, esta festa pode ser um momento marcante na sua vida
cristã com repercussões positivas no futuro. Embora uma percentagem venha a
afastar-se não deixarão de guardar a recordação desta festa.
Para
os responsáveis da comunidade esta festa é entendida mais como ratificação
pessoal do Baptismo de infância pedido pelos pais. Assenta na convicção de que
a fé cristã não pode ser apenas uma decisão dos pais ou uma tradição do
ambiente, mas necessita de uma escolha livre e esclarecida de cada pessoa.
O
pároco e os catequistas preocupam-se sobretudo em saber se estão preparados
para viver a fé, se estão minimamente iniciados na prática do cristianismo, se
alcançaram um conhecimento global da mensagem cristã.
Estas
perspectivas, embora diferentes, não se contradizem mas completam-se. Assim os
pais devem ser ajudados a ultrapassarem a perspectiva meramente social, e
antropológica da festa, completando-a com a perspectiva cristã.
Fotos
de Helena Carvalho
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