IGREJA AÇORIANA DESTACA IMPORTÂNCIA DA EUCARISTIA PARA REFAZER A MISSÃO E PROMOVER O ENCONTRO
Corpo de Deus
celebrado com procissões em todas as ouvidorias da diocese
O
bispo de Angra disse este domingo que “depois de cada Eucaristia” existe um
convite a cada cristão para “refazer” o caminho da missão e ir encontro dos
outros principalmente dos “irmãos” mais necessitados.
D.
António de Sousa Braga presidiu à Solenidade do Corpo de Deus no Santuário de
Nossa Senhora da Conceição, em Angra do Heroísmo.
“Temos
de viver na vida o que celebramos na Eucaristia e sermos também nós corpo
entregue e sangue derramado, isto é, vida doada e oferecida ao serviço dos
irmãos”, disse o responsável pela Igreja açoriana.
Para
o bispo diocesano a celebração eucarística “não é um simples ato” de culto é,
sobretudo, algo que “compromete a vida”.
Sublinhando
a importância da solenidade litúrgica do Corpo de Deus, afirmou que a mesma
deve levar à partilha “da vida e dos bens” junto de quem se encontra em
dificuldades.
Na
Diocese de Angra, a celebração foi particularmente intensa nalgumas paróquias
em que a data coincide inclusive com o feriado municipal, como é o caso da
Povoação, na ilha de São Miguel.
Também
em Ponta Delgada, a Solenidade do Corpo de Deus fez convergir as paróquias da
cidade para a Igreja Matriz de São Sebastião onde foi concelebrada a Eucaristia
às 18h00 seguida de procissão.
O
ouvidor de Ponta Delgada, que presidiu à concelebração, sublinhou a importância
da Eucaristia “como forma de ultrapassar as tensões e os problemas que a vida
apresenta”.
“Celebrar
e viver a Eucaristia é subir ao monte da transfiguração independementemente do
sítio ser a mais pequena e periférica igreja à mais densa e povoada comunidade”
e “promover a verdadeira aliança com Deus”, disse o Cónego José Medeiros
Constância.
Em
todas comunidades que viveram esta festa na rua, participaram massivamente Sacerdotes,
Paróquias, Capelanias, Comunidades Religiosas, Confrarias do Santíssimo,
Movimentos e Obras de Apostolado, Romeiros, Escuteiros as crianças da Primeira
Comunhão e seus pais e demais fiéis.
A
Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo começou a ser celebrada há
mais de sete séculos, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido
alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula ‘Transiturus’, em
1264, dotando-a de missa e ofício próprios.
Na
origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa
a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o
coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento; terá chegado a
Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa
de Corpo de Deus.
A
“comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa” (Urbano IV)
recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de
Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo.
A
procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito
Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do bispo diocesano, for
possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima
Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade
do Corpo e Sangue de Cristo”.
Fonte:
Igreja Açores
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