PAPA FRANCISCO: PROMOVER ABORTO E EUTANÁSIA É COMPORTAMENTO DOS MAFIOSOS.

Vaticano, 25 de julho de 2015 – Por ACI/EWTN Noticias – Em sua mensagem para a jornada que a Igreja da Inglaterra e País de Gales celebra neste domingo sobre o tema “Cultivar a vida, aceitar a morte”, o Papa Francisco denunciou a “falsa compaixão” por detrás da promoção da eutanásia e do aborto, e assegurou que quem promove estas práticas tem o comportamento dos mafiosos.

Os promotores do aborto e da eutanásia, observou, pensam: “há um problema, eliminemos isso”.

O texto também fala de outros atentados à vida como “a praga do aborto”, a desnutrição e o terrorismo.

Francisco assegurou que “não é progressista pretender resolver os problemas eliminando a vida humana”, pois esta é a forma de atuar “dos mafiosos: há um problema, eliminemo-lo”.

Pelo contrário, deve-se “cuidar da pessoa, sobretudo quando sofre, é frágil ou indefesa”.

O Santo Padre denunciou uma “eutanásia escondida” e destacou que “cada ancião, embora enfermo ou no fim de seus dias, leva em si o rosto de Cristo.
A vida humana é sempre “inviolável”, e “não há uma vida qualitativamente mais significativa que outra”, disse o Papa.

Francisco criticou que “o pensamento dominante propõe uma falsa compaixão, que considera “um ato de dignidade procurar a eutanásia”.

A opção da Igreja, notou, é “por aqueles que a sociedade descarta e elimina”. Entre eles, enfatizou, “há também as crianças por nascer, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana a fim de poder fazer o que se quer, tirando-lhes a vida e promovendo leis de modo que ninguém possa o impedir”.

O Papa advertiu que não é “uma conquista científica ‘produzir’ um filho, considerado como um direito, em vez de acolhê-lo como um dom; ou usar vidas humanas como objeto de laboratório para supostamente salvar outras”.

“A fidelidade ao Evangelho da vida às vezes requer escolhas valentes e contra a corrente que, em particulares circunstâncias, podem chegar à objeção de consciência”.

A defesa da vida, pontuou, não é “um problema religioso”, como pretendem alguns, mas “um problema científico, porque ali há uma vida humana”.

O aborto e a eutanásia tampouco são uma questão de modernidade, explicou, porque “no pensamento antigo e no pensamento moderno, a palavra matar significa o mesmo!”

“O grau de progresso de uma civilização se mede justamente pela capacidade de proteger a vida, sobretudo nas fases mais frágeis”, assinalou.

Francisco assegurou que “a praga do aborto é atentado à vida. É um atentado à vida deixar morrer nossos irmãos nas barcaças no canala da Sicília. É um atentado à vida a morte no trabalho, porque não se respeitam as mínimas condições de segurança. É um atentado à vida a morte por desnutrição. É um atentado à vida o terrorismo, a guerra, a violência; mas também o é a eutanásia. Amar a vida é sempre ocupar-se do outro, desejar o seu bem, guardar e respeitar a sua dignidade transcendente”.

Ao concluir sua mensagem à Igreja da Inglaterra e Gales, o Santo Padre impôs sua benção apostólica “a todas as pessoas que participam em um evento tão significativo e aos que trabalham, de diferentes modos, pela promoção da dignidade de toda pessoa humana desde o momento de sua concepção até sua morte natural”.

A mensagem foi enviada ao núncio apostólico na Grã-Bretanha, Dom Antonio Mennini, que a entregou ao bispo encerrado pela jornada, Dom John Sherrington, bispo auxiliar de Westminster, Inglaterra.

O tema escolhido para esta edição do Dia pela Vida se encontra no contexto da campanha de sensibilização organizada pelos bispos ingleses e galeses, com vistas ao debate e ao voto da Câmara dos Comuns acerca do projeto de lei sobre o suicídio assistido ou eutanásia previsto para o próximo dia 11 de setembro.

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