BISPO DE ANGRA VISITA O PAPA FRANCISCO
Encontro deverá ter
lugar a 7 de setembro
O
Bispo de Angra vai encontrar-se por duas vezes este mês de setembro com o Papa
Francisco, uma integrando a audiência com toda a comitiva portuguesa, integrada
na visita ad limina dos bispos portugueses e outra integrando os encontros
parcelares do Papa com as Congregações que são feitos por Províncias Eclesiais.
A
partida para Roma está prevista para o dia 4 de setembro e a visita
propriamente dita decorrerá entre os dias 7 e 12 de setembro e a audiência com
o Papa será em princípio logo no início da visita.
Ao
todo, a comitiva que será encabeçada pelo cardeal-patriarca de Lisboa e
presidente da CEP, D. Manuel Clemente, deverá contar com cerca de 40 elementos,
entre bispos e outros representantes católicos.
D.
António de Sousa Braga disse ao Sítio Igreja Açores que esta visita será
essencialmente de “cortesia” e um “momento especial para estar com o Santo
Padre” e trocarem algumas impressões “sobretudo sobre as iniciativas do ano
Santo da Misericórdia”.
O
prelado diocesano vai participar na terceira visita ad limina do seu episcopado
tendo as anteriores sido realizadas nos pontificados de João Paulo II e de
Bento XVI.
Esta
visita foi precedida de um trabalho preparatório em que as dioceses enviam para
o Vaticano um relatório pormenorizado sobre o funcionamento dos serviços
diocesanos ao longo dos últimos cinco anos, obedecendo a uma espécie de guião
previamente elaborado pelos órgãos competentes.
“Foi
um processo que envolveu todas as comunidades, movimentos e serviços, com uma
forte participação sobretudo dos responsáveis”, disse ainda.
As
visitas ad limina foram instituídas no século XVI, em data praticamente coincidente
com a criação da Diocese de Angra e “cumpre uma antiga tradição para venerar os
sepulcros dos santos apóstolos Pedro e Paulo” refere o Vigário Geral da Diocese
de Angra num artigo de opinião publicado aqui, no sítio Igreja Açores.
“A
expressão Ad liminha foi utilizada pelos cronistas medievais ao referirem o
exercício piedoso dos fiéis de empreenderem uma viagem até Roma, em espírito de
peregrinação, para visitar os túmulos dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo. A
tradição da presença e morte martirial dos dois Apóstolos na capital do Império
romano foram fatores que muito contribuíram para o apreço sempre crescente que
de todo o mundo cristão se votou desde cedo à comunidade de Roma” sublinha o Pe
Hélder Fonseca Mendes.
A
visita de setembro de 2015 terá “momentos celebrativos, de ação pastoral e de
encontro fraterno” e com ela “aumenta o sentido de responsabilidade do Bispo
local como sucessor dos Apóstolos, e fortalece a sua comunhão com o sucessor de
Pedro”, refere o responsável diocesano.
“Esta
visita constitui um momento importante para a vida da Igreja nos Açores que,
através do seu representante, consolida os vínculos de fé, comunhão e
disciplina que ligam à Igreja de Roma todo o corpo eclesial, de que fazemos
parte”, frisa ainda.
Nos
restantes dias ocorrem os encontros com os mais próximos colaboradores do Papa,
por áreas de ação pastoral, “permitindo ao Bispo da Diocese uma ocasião
privilegiada de apresentação da situação da Igreja local e as suas expetativas,
como também de se aperceber das esperanças, alegrias e dificuldades da Igreja
universal, de receber conselhos e diretivas sobre os problemas ´do rebanho´ que
lhe está confiado”.
Esta
visita é, também, um momento privilegiado para o atual sucessor de Pedro
conhecer a Igreja nos Açores a fim de partilhar os problemas respeitantes à
missão eclesial. O encontro acaba por ser expressão da solicitude pastoral de
toda a Igreja.
“Embora
diversos momentos se façam em grupo (Províncias) – visitas aos túmulos dos
Apóstolos, discurso do Papa, reunião com os Dicastérios da Cúria Romana, é
sempre o próprio Bispo que apresenta o Relatório e faz a visita em nome da sua
Igreja Particular, encontrando-se pessoalmente com o sucessor de Pedro, tendo o
direito e o dever de comunicar diretamente com ele e com os seus colaboradores
sobre todas as questões referentes ao seu ministério diocesano”, lembra ainda o
Vigário Geral.
Fonte:
Igreja Açores
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