SERVIÇO DOS ACÓLITOS É «ESCOLA DE EDUCAÇÃO NA FÉ E NA CARIDADE AO PRÓXIMO» DISSE O PAPA

230 representantes lusos estiveram terça-feira passada na Praça de São Pedro

Cidade do Vaticano, 04 agosto de 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco incentivou hoje cerca de 10 mil acólitos a serem “missionários” motivados pela alegria da amizade “de Cristo”, no âmbito de uma peregrinação internacional a Roma que termina esta sexta-feira.

“Como é bom descobrir que a fé faz-nos sair de nós mesmos, do nosso isolamento e porque somos preenchidos com a alegria de ser amigos de Cristo, ela leva-nos aos outros tornando-nos naturalmente missionários”, explicou Francisco esta tarde na Praça de São Pedro.

Para o Papa é “significativo” ver que a proximidade e familiaridade com Jesus “no serviço do altar” torna-se também uma oportunidade de “abertura aos outros para caminhar juntos, escolher metas de compromisso e encontrar as forças para alcançá-las”.

Francisco agradeceu também a disponibilidade dos acólitos em servir o “altar do Senhor” tornando esse serviço uma “escola de educação na fé e na caridade ao próximo”.

Segundo o Papa, quanto mais próximos estiverem do altar, “mais” se lembrarão de “conversar com Jesus na oração diária, mais se alimentam da “Palavra e do Corpo do Senhor”.

“Sereis muito mais capazes de ir até ao próximo, levando como dom aquilo que recebestes, dando com entusiasmo a alegria que vos foi dada”, acrescentou Francisco.

Aos cerca de dez mil acólitos na Praça de São Pedro, o Papa assinalou que na Eucaristia e nos outros sacramentos experimentam a “proximidade íntima de Jesus, a doçura e a eficácia da sua presença”.

“Não encontrais Jesus colocado num trono, alto, sublime e inalcançável mas no pão e no vinho eucarísticos, e a sua palavra não faz vibrar os umbrais das portas, mas as cordas do coração”, observou.

O encontro realizou-se às 18h00 locais (menos uma em Lisboa) com o Papa Francisco a cumprimentar os presentes, 20 nacionalidades, na Praça de São Pedro circulando entre eles no papamóvel.

“Agradeço a vossa presença numerosa que desafiou o sol romano de agosto”, disse no início.

A reunião geral de acólitos de todo o mundo tem lugar de cinco em cinco anos em Roma, sob a coordenação do “Coetus Internationalis Ministrantium”, uma associação europeia de acólitos, com mais de 50 anos de existência, que serve de elo de ligação entre os vários serviços diocesanos e nacionais do setor.

Subordinada ao tema “Eis-me aqui, envia-me”, a peregrinação internacional tem programadas diversas atividades onde para além do encontro com o Papa destaca-se uma “festa na Aula Paulo VI” e uma visita “às Catacumbas de S. Calisto”.

Do programa dos 230 acólitos portugueses destaque para a Eucaristia presidida por D. José Cordeiro esta manhã, na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma.

O bispo de Bragança-Miranda, presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, acompanha o contingente luso na capital italiana, grupo que está a ser liderado pela direção do Serviço Nacional de Acólitos.

Relativamente ao último encontro internacional de acólitos em 2010, o número de participantes lusos cresceu significativamente, passando de 100 para cerca de 230 inscritos, com idades entre os 14 e os 30 anos, provenientes das dioceses de Évora, Viana do Castelo, Lisboa, Aveiro, Porto e Funchal.

Outro dado a salientar é o facto do logótipo da peregrinação internacional de acólitos (PIAR) 2015 ter sido “criado por um acólito português”, chamado Bruno Tomás, proveniente da paróquia de Valbom, na Diocese do Porto.

JCP/RV/CB