26o DOMINGO DO TEMPO COMUM / OS PRECEITOS DO SENHOR ALEGRAM O CORAÇÃO
A liturgia de hoje apresenta várias sugestões para
que os crentes possam purificar a sua opção e integrar, de forma plena e total,
a comunidade do Reino. Uma das sugestões mais importantes é a de que os crentes
não pretendam ter o exclusivo do bem e da verdade, mas sejam capazes de
reconhecer e aceitar a presença e a acção do Espírito de Deus através de
tantas pessoas boas que não pertencem à instituição Igreja, mas que são
sinais vivos do amor de Deus no meio do mundo.
A primeira leitura, recorrendo a um episódio da
marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde
quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pessoais
ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés,
reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua
volta.
A segunda leitura convida
os crentes a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens
materiais, pois eles são valores perecíveis e que não asseguram a vida plena
para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens
materiais a finalidade da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos
eleitos de Deus.
No Evangelho temos
uma instrução, através da qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se
na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade
que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da
verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em
favor da libertação dos irmãos; convida-os também a não excluírem da dinâmica
comunitária os pequenos e os pobres; convida-os ainda a arrancarem da própria
vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo
Reino.
A
família é uma “escola da humanidade” que ensina cada um a “pôr o coração nas
necessidades dos outros, a estar atento à vida dos demais”. “As famílias não
são um problema, são sobretudo uma oportunidade; uma oportunidade que temos de
cuidar, proteger, acompanhar. É uma forma de dizer que é uma bênção”. Papa Francisco
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