IGREJAS DE PORTAS FECHADAS SÃO MUSEUS, ALERTA PAPA FRANCISCO
Na Catequese,
Francisco destacou a necessidade de reavivar a aliança entre a família e a
comunidade cristã
A
relação da família com a comunidade cristã foi o tema da Catequese do Papa
Francisco nesta quarta-feira, 9, na Praça São Pedro, no Vaticano.
Em
sua reflexão, o Pontífice recordou que a família é o local da nossa iniciação
na comunidade, na história da Igreja que caminha com o seu povo. “O próprio
Jesus aprendeu a história humana percorrendo este caminho”, destacou.
Quando
deixou Nazaré e começou a vida pública, Jesus formou em torno de si uma
comunidade, uma “assembleia”, ou seja, uma convocação de pessoas. “Este é o
significado da palavra ‘igreja’”, explicou o Papa.
Portas abertas
“Nos
Evangelhos, a assembleia de Jesus recebe a forma de uma família acolhedora, não
de uma seita exclusiva. Jesus não deixa de acolher e falar com todos. É uma
lição forte para a Igreja!”, prosseguiu.
Por
isso, o Papa considera “indispensável e urgente” reavivar esta aliança entre a
família e a comunidade cristã. Para Francisco, uma Igreja realmente segundo o
Evangelho só pode ter a forma de uma casa acolhedora, sempre com as portas
abertas.
“As
Igrejas e as instituições com as portas fechadas não devem se chamar igrejas,
mas museus!”, expressou o Papa, que definiu esta aliança “crucial” contra os
centros de poder ideológicos, financeiros e políticos. Pelo contrário, as
comunidades devem se tornar “centro de amor”, centros evangelizadores repletos
de calor humano.
Fé generosa
Para
isso, é necessário uma fé generosa para reencontrar a inteligência e a coragem
de renovar esta aliança. “As famílias às vezes hesitam”, constatou Francisco,
dizendo que não estão à altura devido a fraturas, incapacidades, problemas ou
desânimo.
“É
verdade. Mas ninguém é digno, ninguém está à altura, ninguém tem forças! Sem a
graça de Deus, não poderíamos nada. Tudo nos é dado gratuitamente. Se nos
colocarmos em suas mãos, Ele nos faz realizar milagres.”
Naturalmente,
continuou o Papa, também a comunidade cristã tem que fazer a sua parte. Por
exemplo, tentando superar atitudes demasiado funcionais, favorecendo o diálogo
interpessoal, o conhecimento e a estima recíproca.
“As
famílias têm que tomar a iniciativa e se sentirem responsáveis de oferecer seus
preciosos dons à comunidade. A família e a paróquia devem realizar o milagre de
uma vida mais comunitária para toda a sociedade.”
Fonte:
CN
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