MENSAGEM AOS CATEQUISTAS
"MISERICORDIOSOS COMO O
PAI"! (CF. LC. 6,36)
Caro catequista:
Iniciamos um novo ano pastoral e, com ele,
renovamos propósitos e desafios, exigências e tensões. Sois enviados ao mundo!
Um mundo real, que precisa de vós para conhecer Deus, para O descobrir
misericordioso, como nos propõe o Papa Francisco neste Jubileu extraordinário
da Misericórdia. Ao longo deste ano pastoral, convido-vos a que, assenteis a
vossa missão de catequista em três pilares que são fundamentais: formação, testemunho e celebração.
A formação não é uma exigência do
pároco, é uma necessidade no vosso ministério. É verdade que a Mensagem é sempre a mesma: ontem, hoje
e sempre. Mas há outra linguagem, outros recursos e novos dinamismos que podem
e devem ser usados para gerar empatia nas crianças, nos adolescentes, nos
jovens que esperam conhecer e amar Jesus Cristo.
“Ninguém dá o que não tem” é um ditado popular
utilizado para motivar à formação. No vosso caso, também podemos aplicar este
aforismo: ninguém dá o que não tem. Na verdade, muitas vezes tenta- mos dar o
que não temos. Não sabemos, não vivemos, não nos preparamos, somos pequenas
vasilhas que deixaram de ir à fonte da água viva e estão cheias de muita
coisa inútil, das nossas fragilidades e incoerências, de alguma preguiça e do
pensar que já sabemos tudo.
Começar um novo ano, é renovar. Não podemos ser
uma espécie de cisterna que, embora possa juntar muita água, vai perdendo a
frescura da fonte e da água. Um bispo, padre ou catequista que não se renova,
mesmo que saiba muito, acabará por ser como uma cisterna com muita água mas que
ninguém quererá beber.
O testemunho é o que distingue a catequese de
outras formas de transmitir. Nós não ensinamos, fazemos catequese, ajudando a
que as pessoas conheçam e se tornem seguidoras de Jesus Cristo: discípulos,
discípulos missionários. A pessoa de Jesus Cristo é o fundamento da nossa fé.
Por isso, mais do que ensinar fórmulas ou conteúdos, o que queremos fazer é dar
testemunho da nossa amizade com Ele. No que dizemos e fazemos, na forma como
acolhemos e ouvimos, no sorriso que expressamos, Ele há de estar presente!
Por isso, muito desejamos que quem vos veja, O veja, que quem vos ouça, O ouça,
que quem vos ame, O ame e assim se salve.
Costuma referir-se os cristãos como praticantes
e não praticantes, em conformidade com a sua participação ou não nos momentos
celebrativos da comunidade. Sabemos que é um critério pouco abrangente, mas
percebemos que seja o mais fácil pela visibilidade e objetividade que encerra e
pela importância que a inserção e a participação na comunidade tem na vida de
qualquer pessoa e da própria comunidade.
Sei que não é preciso lembrar-vos isso. No entanto,
se a participação é importante para todo e qual- quer cristão, muito mais o
será para vós, os catequistas, com responsabilidades mais diretas no cam- po da
Evangelização. Por isso, sem esquecerdes a dimensão diocesana do vosso
ministério, é importante que primeis pela participação na Eucaristia,
sobretudo Dominical, pela oração e dinâmica sacra- mental na vida e pelo
testemunho pessoal na comunidade que deveis animar e ajudar a crescer.
Não são muitas as ocasiões em que nos juntamos e
nos vemos como Diocese. São acontecimentos pouco frequentes mas de capital
importância. Podem ser de formação ou de testemunho, mas são, sobretudo, de
celebração. Cito, entre esses momentos, aqueles que o Secretariado Diocesano
vos propõe: o “dia Diocesano da Catequese” e as Jornadas Arciprestais de
Catequistas.
Não somos ilhas, não podemos viver de costas
para a dinâmica diocesana, não podemos permanecer desligados uns dos outros.
Essa ligação acontece com gestos e acontecimentos concretos, como estes e
outros.
Desafio-vos a que, ao longo deste ano, vivais assim, sendo Rosto (s) de
misericórdia como a programação da Igreja Diocesana nos propõe!
Permaneçamos unidos em Cristo e na missão que
nos confiou.
(Texto adaptado da mensagem de D. Antonino Dias, Bispo de
Portalegre e Castelo Branco)
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