FALECEU MONSENHOR JÚLIO DA ROSA
Sacerdote tinha 91
anos
Faleceu
esta sexta feira pelas 20h30 no Faial, ilha onde nasceu e residia, Monsenhor
Júlio da Rosa.
O
sacerdote tinha 91 anos de idade e 66 anos de sacerdócio, tendo sido uma das
referências da igreja açoriana, particularmente no grupo central.
Faleceu
em casa onde ainda tentaram reanima-lo mas sem sucesso.
Hoje
pelas 10h00 o corpo sai do hospital da Horta e irá para a Igreja das Angústias
onde ficará em câmara ardente, até amanhã de manhã, às 9h00, altura em que será
celebrada missa de corpo presente, sendo depois o corpo transladado para o
cemitério do Carmo, onde será sepultado.
O
Pe Júlio da Rosa esteve 62 anos ao serviço da paróquia das Angústias, na ilha
do Faial e foi nomeado Monsenhor pelo Papa Bento XVI.
O
anúncio foi feito no dia 25 de Maio de 2006 por D. António Sousa Braga, numa
sessão cultural, coincidente com a inauguração oficial da Igreja Paroquial das
Angústias, depois da reconstrução após o sismo de 98, que afetou as ilhas do
Grupo Central.
Júlio
da Rosa nasceu na freguesia dos Flamengos no dia 24 de Maio de 1924. Ordenado
sacerdote em 1949, trabalhou como jornalista no jornal «A União» durante algum
tempo, entrando logo depois, precisamente a 8 de Dezembro de 1949 ao serviço da
Igreja das Angústias à qual se dedicou até ao presente, primeiro como coadjutor
e desde 1973 como Pároco.
A
sua atividade esteve sempre muito ligada à cultura tendo sido sócio fundador do
Núcleo Cultural da Horta em 1955 e, no mesmo ano, do Instituo Açoriano de
Cultura. Recolheu e organizou o espólio do Museu de Arte Sacra e Etnografia
Religiosa da Horta, aberto desde 1950 e inaugurado oficialmente em 1965.
Foi
agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique e de
Comendador da Ordem de Mérito em 1994, quando, por limite de idade, terminou a
direção do Museu da Horta.
Além
disso, o vasto trabalho de investigação no campo da História Religiosa e no
estudo da espiritualidade mariana, projetou-o na vida cultural açoriana, tendo
publicado diversas obras ao longo da sua vida.
No
campo pastoral, procurou sempre estar junto do povo, interessando-se pelos seus
problemas humanos sociais e religiosos, e dedicou-se ao ensino durante anos a
fio na Horta.
Fonte:
Igreja AÇores
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