SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO / O SENHOR É REI NUM TRONO DE LUZ
Hoje celebramos a Solenidade de Jesus Cristo,
Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último
domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus;
deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos
reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica
própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica
da realeza de Jesus.
A primeira leitura anuncia
que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a
violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um
“filho de homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”, Deus vai devolver à
história a sua dimensão de “humanidade”, possibilitando que os homens sejam
livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse “filho de
homem” vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.
Na segunda leitura, o autor do Livro do
Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e
o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há-de vir
“por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar
um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a
interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira
leitura.
O Evangelho apresenta-nos,
num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius
Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não
assenta em esque- mas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como
acontece com os reis da terra. A mis- são “real” de Jesus é dar “testemunho da
verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom
da vida.
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