23º DOMINGO DO TEMPO COMUM / SENHOR, TENDES SIDO O NOSSO REFÚGIO ATRAVÉS DAS GERAÇÕES
A
liturgia deste domingo convida-nos a tomar consciência de quanto é exigente o
caminho do “Reino”. Optar pelo “Reino” não é escolher um caminho de facilidade,
mas sim aceitar percorrer um caminho de renúncia e de dom da vida.
A
primeira leitura lembra a todos aqueles que não conseguem decidir-se pelo “Reino”
que só em Deus é possível encontrar a verdadeira felicidade e o sentido da
vida. Há, portanto, aí, um encorajamento implícito a aderir ao “Reino”: embora
exigente, é um caminho que leva à felicidade plena.
A
segunda leitura recorda que o amor é o valor fundamental, para todos os que
aceitam a dinâmica do “Reino”; só ele permite descobrir a igualdade de todos os
homens, filhos do mesmo Pai e irmãos em Cristo. Aceitar viver na lógica do
“Reino” é reconhecer em cada homem um irmão e agir em consequência.
É,
sobretudo, o Evangelho que traça as coordenadas do
“caminho do discípulo”: é um caminho em que o “Reino” deve ter a primazia sobre
as pessoas que amamos, sobre os nossos bens, sobre os nossos próprios
interesses e esquemas pessoais. Quem tomar contacto com esta proposta tem de pensar
seriamente se a quer acolher, se tem forças para a acolher… Jesus não admite
meiostermos: ou se aceita o “Reino” e se embarca nessa aventura a tempo inteiro
e “a fundo perdido”, ou não vale a pena começar algo que não vai levar a lado
nenhum, porque não é um caminho que se percorra com hesitações e com “meias
tintas”.
“Transmitir
eficazmente a Palavra de Deus requer testemunho: mestres fiéis à verdade,
testemunhas valentes do Evangelho”…“é o testemunho que encarna o ensinamento”,
torna-o “tangível” e não “indiferente” diante das circunstâncias.
O
testemunho “acrescenta à verdade a alegria do Evangelho”. (Papa Francisco)
Povoação,
4 de setembro de 2016.
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