24º DOMINGO DO TEMPO COMUM / VOU PARTIR E VOU TER COM MEU PAI
A
primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à
infidelidade do Povo. Neste episódio – situado no Sinai, no espaço geográfico
da aliança – Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao
longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de
punir o pecador.
Na
segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de
Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama-se incondicionalmente sobre
os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo
concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de
Deus e de Lhe agradecer.
O
Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma
especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os
marginalizados. A parábola do “filho pródigo”, em especial, apresenta Deus como
um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando
o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para
celebrar o reencontro.
As
parábolas da misericórdia revelam-nos um Deus que ama todos os seus filhos, sem
excepção, mas que tem um “fraco” pelos marginalizados, pelos excluídos, pelos
pecadores… O seu amor não é condicional: Ele ama, apesar do pecado e do
afastamento do filho. Esse amor manifesta-se em atitudes exageradas,
desproporcionadas,
de
cuidado, de solicitude; revela-se também na “festa” que se sucede a cada
reencontro.
Povoação, 11 de setembro de 2016.
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