PRESIDENTE DA REPÚBLICA SUBLINHA IMPORTÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES CATÓLICAS NA «SAÍDA DA CRISE»
Marcelo Rebelo de
Sousa enviou mensagem ao XXX Encontro Nacional da Pastoral Social, em Fátima
O
presidente da República Portuguesa associou-se hoje ao XXX Encontro Nacional da
Pastoral Social, da Igreja Católica, e sublinhou o papel das instituições
solidárias num momento de “saída da crise” que prevê ir demorar “um tempo
considerável”.
“Seria
ilusório pensar que a preocupação se esbate na fase da saída da crise”, que
“não será nem fácil nem rápida nem homogénea, ou seja, igual para todos”,
sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem em vídeo, gravada para a
abertura dos trabalhos, em Fátima.
O
chefe de Estado começou por pedir “desculpa pela mudança de calendário” que o
impediu de estar presente, dado encontrar-se em viagem para participar na 12.ª
reunião do Grupo de Arraiolos.
Rebelo
de Sousa quis dirigir-se aos participantes, recordando a “importância da
Doutrina Social da Igreja” (DSI) no “travejamento constitucional e na vida do
país”.
O
presidente português assinalou a “forte influência” da DSI na Constituição, que
consagra princípios dessa mesma doutrina, como o princípio da “dignidade da
pessoa humana”.
A
intervenção defendeu a importância da Pastoral Social, da “preocupação social
na ação de todos os dias” num período que “habitualmente se qualifica como
saída da crise”.
Esta
fase, acrescentou o chefe de Estado português, vai trazer “desafios” nos
domínios da “luta pela sobrevivência”, da família, educação, saúde ou da
solidariedade social.
Marcelo
Rebelo de Sousa quis deixar uma palavra especial a dar às instituições ligadas
à Igreja Católica que “estão a servir a comunidade”, no terreno, e que
“garantiram que a crise fosse um pouco menos dura do que aquilo que poderia ter
sido, sendo embora muito penosa”.
O
presidente da República Portuguesa espera que essa ação continue para que a
saída da crise seja “menos penosa” para “larguíssimas centenas milhares de
portugueses” que estão em situação de risco e para os 2 milhões que estão em
situação de pobreza.
A
intervenção concluiu-se com uma manifestação de solidariedade do chefe de
Estado com as “preocupações” e “contributo” das instituições sociais católicas.
A
sessão de abertura, contou coma presença do cardeal-patriarca de Lisboa, D.
Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa; de D. António
Marto, bispo de Leiria-Fátima e vice-presidente da CEP; e do presidente da
Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga,
arcebispo de Braga.
Para
D. Manuel Clemente, o grande contributo da encíclica Laudato Sí, em análise no
XXX Encontro Nacional da Pastoral Social, está no pedido do Papa de ultrapassar
um sistema tecnocrata por outro onde o “ser humano, com todas as dimensões que
tem, seja respeitado e seja valorizado”.
“A
Laudato Sí, sobre a nossa casa comum, sobre a ecologia, é de uma oportunidade
crescente, ainda mais do que quando ela saiu, em maio de 2015. É de uma
atualidade flagrante”, disse o cardeal-patriarca de Lisboa.
D.
Jorge Ortiga elogiou a escolha da encíclica ‘Laudato Si’ e do Ano da
Misericórdia, iniciativas do Papa Francisco, para dar vida um “tema muito
feliz, muito pertinente, muito atual” que pode trazer “novidade” à ação social
da Igreja.
O
arcebispo de Braga deixou votos de que seja possível desenvolver uma
“consciência ecológica” nas comunidades católicas.
A
iniciativa que decorre no Steyler Fátima Hotel reúne centenas de participantes.
(Fonte:
IA Com Ecclesia)
Povoação, quinta-feira, 15
de setembro de 2016.
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