DIOCESE DE ANGRA ENCERRA PORTAS SANTAS DO ANO JUBILAR DA MISERICÓRDIA NO PRÓXIMO DIA 13
Ano Santo encerra
em Roma a 20 de novembro
As
23 portas santas de todas as igrejas jubilares da diocese de Angra (tal como
todas as outras à exceção da da Basílica de São Pedro, em Roma) encerram no
próximo dia 13 com celebrações em todas as ouvidorias do arquipélago, com
particular destaque para o encerramento da porta Santa da Catedral.
O
Ano Santo da Misericórdia que começou em dezembro do ano passado e se estenderá
até ao dia 20 de novembro, contou com várias novidades em relação aos jubileus
anteriores. Uma dessas novidades foi a abertura de portas santas nas dioceses,
algo que ocorreu pela primeira vez na história da Igreja. Somada a essa, a
Santa Sé organizou uma série de iniciativas que tiveram por tema
“Misericordiosos como o Pai”.
O
encerramento da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no dia 20, marcará a
conclusão do 29.º Jubileu da história da Igreja Católica, na Solenidade de
Cristo Rei.
Durante
o Jubileu as leituras para os domingos do Tempo Comum foram tomadas do Evangelho de Lucas,
conhecido como “o evangelista da misericórdia” sendo bem conhecidas as
parábolas da misericórdia presentes neste Evangelho: a ovelha perdida, a dracma
perdida ou o pai misericordioso.
Para
os hebreus o jubileu era um ano declarado santo, que acontecia a cada 50 anos,
e durante o qual deveria fazer-se a restituição por igual a todos os filhos de
Israel, oferecendo novas possibilidades às famílias que tinham perdido as suas
propriedades e até mesmo a liberdade pessoal.
A
Igreja Católica começou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII em
1300. O pontífice previu a realização de um jubileu cada século. Desde 1475 –
para permitir que cada geração vivesse pelo menos um Ano Santo – o jubileu
ordinário começou a ser a cada 25 anos. Um jubileu extraordinário, no entanto,
é proclamado por ocasião de um acontecimento de particular importância.
Os
Anos Santos Ordinários celebrados até hoje foram 26. O último foi o Jubileu do
ano 2000. O hábito de proclamar Anos Santos extraordinários remonta ao século
XVI. Os últimos deles, celebrados no século passado foram o de 1933, proclamado
por Pio XI, por ocasião do XIX centenário da Redenção, e 1983, proclamado por
João Paulo II pelos 1950 anos de Redenção.
A
Igreja Católica tem dado ao Jubileu hebraico um significado mais espiritual, em
que um perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e a possibilidade de
renovar a relação com Deus e com o próximo, estão mais presentes.
Com
o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco coloca no centro das atenções o
Deus misericordioso, que convida todos a voltar-se a Ele. O encontro com Ele
inspira a virtude da misericórdia.
O
rito inicial do Jubileu é a abertura da Porta Santa. Trata-se de uma porta que
se abre apenas durante o Ano Santo, enquanto nos outros anos permanece selada.
O rito de abertura expressa simbolicamente o conceito de que, durante o tempo
jubilar, se oferece aos fiéis um “caminho extraordinário” para a salvação.
São
estas portas que agora encerram. A da Catedral, em Angra do Heroísmo, na ilha
Terceira, que apenas tinha estado aberta em 2000, encerra às 18h00 com a celebração
da Eucaristia depois de uma procissão que percorrerá as principais ruas da
baixa angrense desde a Igreja da Misericórdia, onde às 17h00 será celebrada a
palavra, seguindo às 17h30, o cortejo para a Sé.
Em
Ponta Delgada e apesar das igrejas apenas encerrarem as suas portas santas no
dia 13, as celebrações começam no dia 12 com vários momentos de adoração, na
Igreja do Senhor Santo Cristo, em Ponta Delgada, seguindo-se ao final da tarde
uma procissão a partir da escola Básica e integrada Canto da Maia até à igreja
de Nossa Senhora de Fátima, no Lajedo.
Na
Horta, o encerramento da Porta Santa da Igreja Matriz, igreja jubilar da
ouvidoria, faz-se com a celebração do jubileu das filarmónicas no domingo,
depois do jubileu dos coros, no sábado.
Na
ouvidoria da Lagoa, o encerramento do Ano Santo da Misericórdia decorrerá pelas
16h00, na Igreja de São José da Ribeira Chã com a Eucaristia Solene, presidida
pelo Ouvidor e concelebrada pelos Sacerdotes da Ouvidoria. A Celebração será
cantada pelos vários grupos corais da Ouvidoria. De referir também que a
proclamação dos textos da Palavra de Deus e Oração dos fiéis estarão ao cuidado
dos leigos das várias Paróquias. No âmbito do espírito das Obras de
Misericórdia, a celebração terá um ofertório solene, em que cada Paróquia
apresentará um cabaz para ser entregue às famílias mais necessitadas da
Ouvidoria.
Nas
Capelas, a celebração começa com uma concentração na Casa de Trabalhos da
freguesia, pelas 11h30 do dia 13 de novembro. Segue-se um cortejo até à Igreja
Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, onde se encerrará a porta da
Misericórdia desta ouvidoria e será celebrada uma missa solene com a
participação de todo o clero.
“Fomos
desafiados em Igreja Jubilar, a refletir o porquê do afastamento e desânimo de muitos
dos nossos irmãos, e de nós mesmo. Procurámos cuidar das Feridas como Bons
samaritanos. Sem Dúvida que algo foi feito, mas ainda muito haverá ainda por
fazer, pois o Evangelho deve constantemente “tirar-nos o sono”, a cada um de
nós, mais ou menos, conscientes dos desafios que a Fé e a Vivência da mesma nos
apresenta”, refere o ouvidor, Pe Horácio Dutra, numa carta convite enviada a
todos os leigos da ouvidoria.
Em
Santa Cruz da Graciosa a Igreja Matriz vestir-se-á de festa para acolher a
Eucaristia dominical, pelas 11h00 e nessa altura será também encerrada a porta
santa desta igreja jubilar.
Na
Povoação, na ilha de São Miguel, o encerramento do ano santo decorrerá no dia
13, pelas 16h00, na Matriz da Povoação, coincidindo com a Festa de Santa Cecília.
A festa contará com a presença do clero da ouvidoria, do coral e das
filarmónicas.
Na
diocese e no dia 20 de novembro, dia em que termina o 29º jubileu da história
da Igreja Católica, haverá ainda um concerto na igreja da Misericórdia de Angra
que assinalará o fim deste ano santo.
Fonte:
IA
Povoação,
8 de Novembro de 2016
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