FIÉIS DEFUNTOS: PAPA SUBLINHA IMPORTÂNCIA DA «ESPERANÇA» NA RESSURREIÇÃO
Francisco presidiu
a Missa em cemitério romano
O
Papa presidiu à Missa pelos fiéis defuntos no cemitério romano de ‘Prima
Porta’, onde falou da importância de preservar a “memória” de quem morreu e
viver com a “esperança” da ressurreição.
“Voltemos
para casa, hoje, com esta dupla memória: a memória do passado, dos nossos que
já partiram, e a memória do futuro, o caminho que nós seguiremos, com a certeza,
a convicção, a certeza que saiu dos lábios de Jesus: Eu o ressuscitarei no
último dia”, pediu às centenas de pessoas que participaram na celebração.
Francisco
começou por depositar, simbolicamente, um ramo de flores junto a um dos
túmulos.
A
homilia começou por evocar o livro bíblico de Job, que no momento da morte
optou por deixar uma mensagem de “esperança” na vida eterna.
“Um
cemitério é triste, lembra-nos os nossos que já partiram, lembra-nos também o
futuro, a morte, mas a esta tristeza trazemos flores, como sinal de esperança.
Posso dizer mesmo de festa”, assinalou o Papa.
Francisco
falou em “flores da esperança”, que simbolizam, para os cristãos, a “esperança
da ressurreição.
“Sentimos
que esta esperança nos ajuda, porque também nós temos de fazer este caminho,
todos nós”, acrescentou.
Já
esta manhã, o Papa tinha recordado a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos,
através de uma mensagem no Twiter, lembrando os mortos que ficaram esquecidos.
“Com
fé visitamos os túmulos dos nossos entes queridos, rezando também pelos mortos
de que ninguém se recorda”, escreveu, na sua conta ‘@pontifex’.
A
‘comemoração de todos os fiéis defuntos’ remonta ao final do primeiro milénio:
foi o abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os
mosteiros da sua ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos
‘desde o princípio até ao fim do mundo’.
Roma
oficializou-a no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de
Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que
se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia.
Durante
a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja
Católica (1915).
No
final da Missa desta tarde, Francisco deslocou-se às grutas da Basílica do
Vaticano para um momento de oração, em privado, "pelos Papas ali
sepultados e por todos os defuntos", informou a sala de imprensa da Santa
Sé.
Esta
sexta-feira, Francisco vai presidir no Vaticano à Missa de sufrágio pelos
cardeais e bispos que morreram no último ano.
OC
Povoação,
5 de Novembro de 2016.
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