7o DOMINGO DO TEMPO COMUM O / SENHOR É CLEMENTE E CHEIO DE COMPAIXÃO
A liturgia do sétimo Domingo do Tempo Comum convida-nos à santidade, à
perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige
de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de
gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos,
assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo
que nos espera no final da viagem.
A primeira leitura que nos é proposta apresenta
um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige o ser
santo. Na perspectiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor
ao próximo.
Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de
Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde
Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso aconteça, eles devem
renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria
de Deus” (que é dom da vida, amor gratuito e total).No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade (no contexto do “sermão da montanha”). Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.
Povoação, domingo, 19 de fevereiro de 2017.
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