CONSELHO PASTORAL DIOCESANO REFLETE SOBRE REESTRUTURAÇÃO ORGÂNICA DA DIOCESE DE ANGRA

XII sessão plenária decorre em Ponta Delgada de 17 a 19 de fevereiro

A XII sessão plenária do Conselho Pastoral Diocesano, que junta os leigos para uma reflexão aprofundada sobre os desafios da Diocese, tem lugar no próximo fim de semana, de 17 a 19 de fevereiro, no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada, e tem como tema principal a proposta episcopal de reestruturação da diocese.

Na convocatória enviada a todos os participantes a que o sitio Igreja Açores teve acesso, o Bispo de Angra apela a uma participação profunda de todos os membros do Conselho Pastoral Diocesano (CPD) sobre a proposta de reorganização da diocese, no âmbito de uma restruturação orgânica assente em dois princípios “fundamentais”, a saber, a “descentralização e a comunhão”. Os conselheiros vão também “analisar e avaliar” as opções diocesanas deste ano pastoral em curso, centrado nas questões sociais e propor caminhos para o futuro.

“São questões que já foram debatidas pelo Conselho Presbiteral e que agora são colocadas aos leigos” refere o Vigário Geral em declarações ao programa Igreja Açores que vai para o ar este domingo, ao meio dia no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.

Sobre a proposta de reorganização diocesana, o cónego Hélder Fonseca Mendes recorda que a proposta que está a ser analisada no sentido de uma reestruturação orgânica da diocese, através da criação de zonas pastorais, agrupando ilhas de acordo com a sua proximidade geográfica e até socio-cultural, “não é nova nem exclusiva dos Açores”.

“Trata-se de discutir a possível criação de um conselho episcopal com a descentralização do ministério da responsabilidade que o bispo diocesano pode fazer ou por ilhas ou por outro critério que não seja geográfico”, destaca o vigário geral lembrando que, em dioceses onde há bispos auxiliares, por exemplo, existem regiões pastorais que observam este principio de descentralização.

“Nós somos uma região e portanto (nesta discussão) nunca adoptamos essa terminologia que é adoptada em dioceses grandes. A nossa é pequena mas tem especificidades próprias e equacionou-se a possibilidade de à frente de cada uma dessas realidades tão especificas estivesse alguém que pudesse ter outras responsabilidades” explica frisando que a reflexão está agora do lado dos leigos.

“O que está em causa é tomarmos medidas que favoreçam a descentralização mas promovam igualmente a comunhão” conclui recordando que a participação dos leigos nesta reflexão “será sempre benéfica”.

Recorde-se que no inicio deste ano o Conselho Presbiteral, sobre este tema, pronunciou-se de forma favorável à implementação da figura do vigário episcopal e manifestou o acordo com os três assuntos do Instrumento de Trabalho (idêntico ao do Conselho Pastoral Diocesano) na “generalidade”.

Neste contexto, os sacerdotes apresentaram ao bispo diocesano, D. João Lavrador, “propostas e tendências acerca da organização territorial” da Diocese, “apoiando a figura do Vigário Episcopal”, com o intuito de “uma melhor dinamização, apoio e coordenação” das comunidades, e expressão da comunhão entre Ouvidorias.

Recorde-se, ainda, que o Clero diocesano realçou a “necessidade e prioridade” da formação dos fiéis, e para tal mostrou-se “favorável à criação” da Vigararia da Formação para o clero e laicado.

“Ainda falta ouvir o Conselho Pastoral Diocesano e esgotar todas as instâncias de consulta para que se possa avançar com uma decisão definitiva” disse o bispo de Angra sobre este assunto na conferência de imprensa onde foram apresentadas as conclusões da reflexão do clero.

No Conselho Pastoral Diocesano têm assento os leigos representantes das ouvidorias e movimentos eclesiais.

Fonte: IA

Povoação, sábado, 11 de fevereiro de 2017.

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