18o DOMINGO DO TEMPO COMUM / FESTA DA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
A festa da Transfiguração do Senhor, celebrada no Oriente desde o século
V, celebra-se no Ocidente desde 1457. Situada antes do anúncio da Paixão e da
Morte, a Transfiguração prepara os Apóstolos para a compreensão desse
mistério.
Na primeira
leitura, Daniel, em visão nocturna, vê a história do ponto de vista
de Deus. Sucedem-se os impérios e os opressores, mas o projecto de Deus não
falha. Aos reinos terrenos contrapõe-se o Reino que o Ancião confia a um
misterioso “filho de homem” que vem sobre as nuvens. O Filho do homem vem
inaugurar um reino que, embora se insira no tempo, “não é deste mundo” (Jo 18,
36). Ele triunfará sobre as potências terrenas, conduzindo a história à sua
realização escatológica.
Na segunda
leitura, Pedro e os seus companheiros reconhecem-se portadores de
uma graça maior que a dos profetas, porque ouviram a voz celeste que proclamava
Filho muito amado do Pai, Jesus, seu mestre. Mas a Palavra do Antigo Testamento
continua a ser “uma lâmpada que brilha num lugar escuro” (v. 19), até ao dia
sem fim, quando Cristo vier na sua glória.
No Evangelho,
A Transfiguração confirma a fé dos Apóstolos, manifestada por Pedro em Cesareia
de Filipe, e ajuda-os a ultrapassar a sua oposição à perspectiva da paixão
anunciada por Jesus. Quem quiser Seu discípulo, terá de participar nos seus
sofrimentos. A Transfiguração é um primeiro resplendor da glória divina do
Filho, chamado a ser Servo sofredor para salvação dos homens. A luz da Transfiguração
clarifica interiormente o seu caminho terreno. Quando a visão parece estar a
terminar, Pedro como que tenta parar o tempo. É, então, envolvido com os companheiros
pela nuvem. É a nuvem da presença de Deus, do mistério que se revela
permanecendo incognoscível.
Povoação, Domingo, 6 de Agosto de 2017.
Povoação, Domingo, 6 de Agosto de 2017.
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