21º DOMINGO DO TEMPO COMUM / PELA VOSSA MISERICÓRDIA, NÃO NOS ABANDONEIS, SENHOR

No centro da reflexão da liturgia deste 21º Domingo do Tempo Comum, estão dois temas à volta dos quais se constrói e se estrutura toda a existência cristã: Cristo e a Igreja.

A primeira leitura mostra como se deve concretizar o poder “das chaves”. Aquele que detém “as chaves” não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos; mas deve exercer o seu serviço como um pai que procura o bem dos seus filhos, com solicitude, com amor e com justiça.

A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante, realiza os seus projectos de salvação do homem. Ao homem resta entregar-se confiadamente nas mãos de Deus e deixar que o seu espanto, reconhecimento e adoração se transformem num hino de amor e de louvor ao Deus salvador e libertador.

O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-n’O como “o Messias, Filho de Deus”. Dessa adesão, nasce a Igreja. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.

“O mundo será diferente se nós formos diferentes, e os jovens são a esperança do futuro, o mundo de amanhã é o mundo deles, e eles devem colaborar, trabalhar, para que esse mundo seja diferente do mundo tantas vezes corrupto, tantas vezes ao contrário da vontade de Deus em que vivemos” (D. Amândio Tomás, Bispo de Vila Real).

Povoação, domingo, 27 de agosto de 2017.

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