10.º DOMINGO COMUM / NO SENHOR ESTÁ A MISERICÓRDIA E ABUNDANTE REDENÇÃO
O
tema deste 10.º Domingo do Tempo Comum anda à volta da identidade de Jesus e da
comunhão que Ele deseja estabelecer com aqueles que se colocam na disposição de
o seguir: fica claro que Jesus não tem qualquer aliança com o Demónio e com o
poder do mal e que se quer definir pela sua relação de obediência com Deus Pai,
à qual convida todos aqueles que se querem sentir parte da sua família de Deus.
A
primeira leitura traz-nos o diálogo de Deus com as figuras poéticas do primeiro
homem e da primeira mulher, depois da queda. Este texto procura chamar-nos ao
sentido da existência, deixando claro que todos somos chamados a não pactuar
com o mal e a estar de sobreaviso diante das tentações do Maligno.
Na
segunda leitura, São Paulo mostra como as tribulações que
sofre não abrandam o seu ardor missionário, que se caracteriza pela grande
confiança em Deus e na vida eterna que há de conceder; duas grandes atitudes
qualificam o ministério de Paulo: a esperança de estar unido com Jesus na ressurreição
tal como o está na tribulação terrena e o desejo íntimo de estar em comunhão
com os cristãos a quem anuncia o Evangelho de Jesus Cristo.
No
Evangelho, Jesus demonstra que, na sua actividade de
libertação do poder do mal, não pode estar a pactuar com o Demónio, mas vem
para libertar os homens e as mulheres de todos os tempos. Também nisso está a
fazer a vontade de Deus e convida todos a fazer comunidade centrada na sua
pessoa e decidida a construir um mundo que se baseie neste desejo de fazer a
vontade de Deus.
O demónio não precisa de nos possuir. Envenena-nos com o
ódio, a tristeza, a inveja, os vícios. E assim, enquanto abrandamos a
vigilância, ele aproveita para destruir a nossa vida, as nossas famílias e as
nossas comunidades, porque, “como um leão a rugir, anda a rondar-vos,
procurando a quem devorar” (1Pd 5,8)» (Gaudete et Exsultate 158.161).
Povoação,
domingo, 10 de junho de 2018.
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