14.º DOMINGO COMUM / OS NOSSOS OLHOS ESTÃO POSTOS NO SENHOR, ATÉ QUE SE COMPADEÇA DE NÓS


A liturgia deste domingo revela que Deus chama, continuamente, pessoas para serem testemunhas no mundo do seu projecto de salvação. Não interessa se essas pessoas são frágeis e limitadas; a força de Deus revela-se através da fraqueza e da fragilidade desses instrumentos humanos que Deus escolhe e envia.

A primeira leitura apresenta-nos um extracto do relato da vocação de Ezequiel. A vocação profética é aí apresentada como uma iniciativa de Deus, que chama um “filho de homem” (isto é, um homem “normal”, com os seus limites e fragilidades) para ser, no meio do seu Povo, a voz de Deus.

Na segunda leitura, Paulo assegura aos cristãos de Corinto (recorrendo ao seu exemplo pessoal) que Deus actua e manifesta o seu poder no mundo através de instrumentos débeis, finitos e limitados. Na acção do apóstolo – ser humano, vivendo na condição de finitude, de vulnerabilidade, de debilidade – manifesta-se ao mundo e aos homens a força e a vida de Deus.

O Evangelho, ao mostrar como Jesus foi recebido pelos seus conterrâneos em Nazaré, reafirma uma ideia que aparece também nas outras duas leituras deste domingo: Deus manifesta-Se aos homens na fraqueza e na fragilidade. Quando os homens se recusam a entender esta realidade, facilmente perdem a oportunidade de descobrir o Deus que vem ao seu encontro e de acolher os desafios que Deus lhes apresenta.

As problemáticas da pobreza, do desemprego, das dependências, do abandono escolar e da delinquência juvenil são os fenómenos sociais que mais preocupam as comunidades e aquelas que mais esforços reclamam para a sua resolução (Igreja Açores)


Povoação, Domingo, 8 de julho de 2018.

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