32.º DOMINGO COMUM / Ó MINHA ALMA, LOUVA O SENHOR
A liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum
fala-nos do verdadeiro culto, do culto que devemos prestar a Deus. A Deus não
interessam grandes manifestações religiosas ou ritos externos mais ou menos
sumptuosos, mas uma atitude permanente de entrega nas suas mãos, de
disponibilidade para os seus projectos, de acolhimento generoso dos seus
desafios, de generosidade para doarmos a nossa vida em benefício dos nossos
irmãos.
A primeira leitura
apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua
pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os
dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos
alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha e a solidariedade
não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.
A segunda leitura
oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em
favor dos homens. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito
que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou
outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse
projecto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.
O Evangelho diz, através do
exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que
Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa
completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que é sempre fecunda), num
despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os
pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes
de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.
Povoação, domingo, 11 de novembro
de 2018.
Comentários
Enviar um comentário