SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO – ANO B
A
primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a
crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos
humanos. Através de um “filho de homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”,
Deus vai devolver à história a sua dimensão de “humanidade”, possibilitando que
os homens sejam livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão
nesse “filho de homem” vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.
Na
segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta
Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as
coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há-de vir “por entre as
nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino
definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação
cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira leitura.
O
Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a
assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo,
que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de
poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A
missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor,
no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
Povoação,
domingo, 25 de novembro de 2018.
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