COVID-19: DIOCESE DE ANGRA PÕE EM MARCHA «PLANO DE CONTINGÊNCIA»
Medidas
estão em vigor até à Páscoa
Angra
do Heroísmo, Açores, 12 mar 2020 (Ecclesia) – A Diocese de Angra decidiu
recomendar o cancelamento de todas as atividades promovidas por movimentos e
instituições ligadas à Igreja, que envolvam pessoas de fora da região, até à
Páscoa, por causa da pandemia do Covid-19.
As
atividades da catequese acompanham as “opções tomadas para a escola pública”,
que vão ser encerradas a partir de segunda-feira.
“As
entidades diocesanas e demais pessoas coletivas canónicas promotoras de eventos
que envolvam participantes de fora da Região Autónoma dos Açores devem cancelar
as suas atividades programadas até à Páscoa, bem como devem ser evitadas as
deslocações para fora da região” refere um comunicado assinado pelo
vigário-geral.
A
Cúria recomenda ainda que durante a Quaresma, período que a Igreja vive até à
Páscoa (12 de abril, em 2020) não decorram as tradicionais celebrações
comunitárias da Unção dos Doentes.
O
comunicado alude especificamente à celebração de Sexta-feira Santa,
concretamente à Adoração da Cruz, que deve ser feita “com a genuflexão do
joelho ou inclinação e não através da habitual osculação”.
As
recomendações da diocese surgem em articulação com as medidas que o Governo
Regional recentemente tomou, através da autoridade de saúde e também as medidas
já sugeridas pela Conferência Episcopal Portuguesa que recomendou a supressão
do abraço da paz nas Missas, a comunhão na mão e o esvaziamento das pias de
água benta.
Os
Açores vão colocar em quarentena todas as pessoas que entrem na região, devido
à pandemia do novo coronavírus.
A
diocese local não deixa, de momento, qualquer recomendação para cancelamento de
celebrações litúrgicas, confiando aos párocos “a melhor decisão”.
O
primeiro-ministro português anunciou esta noite o encerramento das escolas, a
partir de segunda-feira por causa da pandemia de coronavírus, medida que será
reavaliada a 9 de abril.
O
Governo também ordenou o encerramento de outros espaços de convívio e diversão
como discotecas, cinemas, museus ou teatros, além de limitar a frequência de
centros comerciais ou de serviço público e restaurantes, proibindo o
desembarque de passageiros de navios de cruzeiros que não sejam residentes em
Portugal.
Por
considerar que os idosos são “população particularmente vulnerável”, António
Costa decidiu estender a todo o país a limitação de visitas a lares de terceira
idade.
O
número de casos confirmados de coronavírus em Portugal aumentou esta
quinta-feira para 78.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o Covid-19 entrou em fase de
pandemia, devido à sua propagação generalizada pelos vários continentes.
OC
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