OUVIDORIA DA POVOAÇÃO ORGANIZOU FESTA EM HONRA DE SANTA CECÍLIA (COM VÍDEO)

Para quem “viveu” a Eucaristia neste dia dedicado a Santa Cecília, padroeira dos músicos e da música sacra, na Matriz da Povoação, imediatamente as palavras de Santo Agostinho faziam sentido: “Cantar é rezar duas vezes”, “Se queres saber o que cremos, vem ouvir o que cantamos” e “Cantar é próprio de quem ama”.

O canto é caminho para o encontro entre o homem e Deus. Tem força de transformação, porque toca as profundezas da alma, as fibras mais íntimas do nosso ser. Cantar em comum produz união, cria sintonia, solidariedade e comunhão entre os participantes.

Enquanto cantam as vozes, unem os corações, expressando a mesma fé, solidificando a fraternidade, aprofundando e celebrando o amor.

Cantar é uma forma de unir esta comunidade, uma vez que cantando estamos rezando, entrando de imediato em contacto com Deus, nutrindo a sua alma. Cria um clima festivo e comunitário. Sendo o canto uma expressão do interior do homem que toca-lhe no seu mais íntimo e profundo ser, contribui para liberar sentimentos escondidos e reservados e tira as pessoas do individualismo, para criar um sentido de alegria comum e uma sintonia.

A bela e excelente atuação do grupo coral da nossa Ouvidoria não pode ser vista nem vivida como se tratasse de um espetáculo. Trata-se de apenas e só uma animação musical religiosa. O que a Igreja busca com a música não é só o prazer estético, mas a elevação espiritual que ajuda tanto à alma a chegar, através da ordem sensível, à ordem da graça. Por isso a Igreja estima tanto o canto gregoriano e o canto polifónico clássico, que criam um clima propício à oração. Cantar aproxima-nos mais de Deus, ajuda á intimidade com Ele. É a arte de manifestar os afetos da alma, através do som.
O que provoca estes sentimentos e resgata a alma tem a ver com o bom canto, com vozes afinadas com qualidade vocal e colocação vocal, instrumentos a corresponderem, ritmos adequados à letra e à mensagem, uma articulação correta com o texto e a sua perceptibilidade, a resistência com a sustentação e afinação nos finais das frases e a afinação colectiva. Isto tudo aconteceu nesta primeira animação do grupo coral da nossa Ouvidoria que fez uma interpretação musical de nível superior, notando-se a implementação de práticas indutoras de técnica respiratória e vocal, contribuindo para uma melhoria qualitativa do canto coral que deixou de existir gritos. Cantar afinal não é gritar.

No final da Eucaristia as filarmónicas Marcial Troféu da Vila da Povoação e Sagrado Coração de Jesus do Faial da Terra, associaram-se à comemoração tocando em conjunto o bonito hino de Santa Cecília. De salientar também a participação da Academia de Música da Povoação que abrilhantou momentos da Santa Eucaristia.
 
Aproveitando toda a Ouvidoria reunida, a Eucarística terminou com o encerrar da porta principal da Igreja Matriz, que só será reaberta no próximo dia 13 de dezembro, mas com o nome de Porta Santa da Misericórdia.

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